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domingo, 5 de julho de 2015

SONY HDD AUDIO PLAYER - HAP-Z1ES

Cedendo à comodidade de ver todos os meus arquivos digitais de música, tendo em vista igualmente a reputação da SONY, adquiri o HDD Player considerado por alguns como um game changer. Quanto à sonoridade do HAP-Z1ES, comparativamente ao meu CD player de referência (o SACD-XA 9000-ES), parece consistir num avanço, possuindo o novo aparelho ter uma finesse, detalhamento e palco sonoro melhores, obviamente respeitadas as datas de fabricação deles (2014 e 2007, respectativamente) e suas funcionalidades.
No mais poderia aqui confirmar tudo o quanto a crítica especializada tem falado sobre o aparelho, elogiando-o, mas o que pretendo alertar aqui é o defeito reportado por alguns usuários, mundo afora, como eu, para o qual vou deixar a imagem abaixo falar por si própria.  Notem a linha horizontal na parte superior do display, surgida após onze meses da aquisição do produto.

Aguardo a fabricante japonesa se pronunciar!!!

domingo, 23 de março de 2014

Referência em Jazz

http://www.jazz24.org/jazz-100/
Este link é bastante honesto e preciso ao meu ver.  Fiquei contente de ver a música brasileira ali consagrada, em "A Garota de Ipanema" e "Desafinado".

domingo, 16 de março de 2014

Tratando bem do vinil - Parte 1

Quando chegou do sebo ...


... e após limpá-lo com a máquina de limpeza.  
Essencial para ouvir o LP adequadamente, não expor a sua agulha e afastá-lo da aspereza e sujeira acumulada na capa interna de papel.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Meu sistema - Pro-Ject RPM 10.1 (fonte analógica - vinil)



Resultado das minhas escolhas, procurando observar o binômio custo-benefício.
Com certeza há sistemas melhores, mais sofisticados e caros, mas não estou à procura do melhor do mundo, apenas o suficiente para que a música seja motivo de envolvimento, não mera audição.  Haverá sempre espaço para upgrades (afinal, a tecnologia e o tempo são implacáveis), mas sem perder de vista a música e mantendo a consciência num investimento dessa natureza.
A elétrica julgo estar bem tratada; a acústica não é ruim, mas merece reparos, objeto de meus próximos passos.


Vinil x arquivos digitais de música (um alerta para quem deseja começar ou retornar ao vinil).


Questão complicada neste estágio tecnológico da indústria fonográfica, mas que, ainda assim, gostaria de deixar aqui as minhas modestas contribuições na falta de uma "bola de cristal";  não que as fontes analógicas e digitais sejam excludentes umas das outras, absolutamente.  Depende do seu propósito e valor que você dá a reprodução eletrônica da música, observada, obviamente, a possibilidade de investimento neste entretenimento.
Do lado do vinil contamos com a vantagem de uma reprodução claramente mais natural, próxima da realidade.  Há quem conteste este fato.  No entanto, quase sempre apuramos consistir a contestação na impressão não fundamentada de "técnicos" que sequer ouviram sistemas equilibrados no patamar que estamos comentando.  E, sem ouvir, com todo o respeito, não há o que comentar.
Voltando ao tema ...  Lidar com vinil custa paciência, atenção, espaço e cuidado no trato dos conhecidos bolachões, um apurado set up do toca-disco e do conjunto cápsula/braço, sem falar na máquina de lavar discos, indispensável para quem possui um acervo alentado.  Arriscaria dizer que, com menos de quatro mil dólares investidos lá fora (com muita boa vontade e sem contar os tributos), não dá para possuir um sistema baseado no vinil, capaz de encantar e beirar ao estado-da-arte. Lembre-se que o toca-disco necessita de um bom pré de fono, ou seja, um equipamento a mais (não vá colocando um que custe menos de cem reais e achando que vai atender).  Também ressalvo que existe uma boa e eficiente a máquina de limpeza de vinil nacional, artesanalmente fabricada pela (ou melhor: pelo, pois é um inventor) PHK, por pouco mais de trezentos reais.  Água de toneira só serve para retirar o excesso de sujeira, de discos imundos. Não para uma limpeza profunda nos sulcos dos discos aparentemente limpos ou novos, na qual água destilada ou deionizada é fundamental e/ou produtos especializados.


Já do lado da reprodução digital, sem descartar os CDs, SACDs e DVDs de Audio, a reprodução a partir de conversores de DSD tem chegado bem próxima às reproduções de fontes analógicas, segundo a crítica especializada  e aquilo que já ouvi (o meu DAC é o Audioquest Dragonfly, que não possui esta possibilidade de conversão de DSDs).  Há DACs, porém, que estão encantando o mundo audiófilo, lembrando a sonoridade das master tapes!!!
Contudo, o que se percebe neste momento é que os toca-discos voltaram à tona, ainda que o ritmo de vendas já não seja o mesmo demonstrado nos anos passados em que se anunciava o seu retorno ao mercado.  Pelo menos é o que eu li em certa revista especializada, comentando uma das últimas feiras internacionais no campo eletrônico, a CES. Ademais, servidores de audio, dispensando Macs e PCs, estão cada vez mais acessíveis, com destaque estrondoso para o HAP-1ZES da Sony, criadora do SACD e tantas outras invenções.
Portanto, a menos que você possua centenas de LPs em bom estado, esteja disposto a limpá-los e consistam em obras autorais não reeditadas no digital, não incentivaria o amigo, principalmente com orçamento curto, a trilhar este caminho.
Ah!  Tentar recuperar o seu toca-disco vintage não é uma boa opção (a não ser que você queira apenas a reprodução do fonograma, não importando a qualidade).  Fiz isto com o meu Technics SL 1800MK2 e vi o quanto é dispendioso, não costumando dar bons resultados esta tentativa, por vários motivos, a começar pela oxidação do cabeamento interno da pickup, a ausência do controle de ressonâncias etc.
No meu sistema atual o que encanta é o vinil, sem sombra de dúvida, proporcionando envolvimento musical, resultado do hiend quando devidamente harmonizado.  Não adianta inserir rodas de uma Ferrari Spider num Camaro Amarelo e este rodar movido a rafinado.  Cada componente no seu devido lugar, todos atuando sinergicamente no sistema.  Caso contrário, só frustração.
Agora, se o objetivo é simplesmente ouvir música ou tê-la ao fundo no ambiente, servidores e DACs são o caminho, e não farão feio.  Só não se esqueça do back up dos arquivos digitais.
Não obstante, creio que a tecnologia empregada nos DACs, na velocidade que tenho observado da tecnologia, está próxima da qualidade do vinil mediante um investimento bem mais econômico.
Aliás, é quase sempre assim, quando gigantes e inovadoras como a Sony resolvem voltar a esse universo de ponta.
Enfim, como cresce o número de sites especializados para o download pago das músicas! Enquanto isso vou garimpando os LPs de 45 rpm, que parecem ainda mais livres de "placs e plocs" ...
Aliás, o que é esta última edição de "Time Out", do Dave Brubeck Quartet, no álbum da Analogue Productions?  A gravação sempre foi reconhecida como maravilhosa, muito arejada, com palco muito aberto, visível.   Mas em 45 rotações parece que estamos ouvindo as fitas matrizes.  Quanto ao "ploc",  nenhum vestígio.



domingo, 6 de outubro de 2013

Algumas considerações sobre áudio hi-end.

A expressão hi-end audio pode, a primeira vista, ter uma conotação negativa, afastando aqueles que apenas ouvem falar ou leem animados artigos em revistas especializadas, e que pretendem curtir a sua coleção musical.
Como já tive a oportunidade de comentar, sou a favor do prazer sempre observando a relação custo-benefício, pois para mim, como para a maioria (creio), o ganha-pão é sempre fruto de muito suor e o tempo é implacável ao registrar inúmeras superações neste mercado.
Então, muita calma nesta hora, e muita audição antes de adquirir o seu sistema estéreo! É emocionante poder perceber aquilo que você sequer imaginava estar numa gravação tão conhecida sua, dentre tantos aspectos que eu poderia citar.  Há momentos que o "upgrade" feito parece consistir num verdadeiro descacador de camadas, talvez, de cebolas (kkkk).
 Hoje mesmo, ao ouvir George Benson, mais especificamente o álbum "Breezin", foi fácil notar as vezes em que o artista se distanciou do microfone ao cantar o clássico "This Masquarade" e outra faixa igualmente cantada do LP.
"Ah, mas só isto!", você poderia dizer.  Ora, isto em meio a uma infinidade de elementos juntos na hora da reprodução conduz a um momento sublime, como se o ouvinte fosse transportado ao momento da gravação daquela obra autoral. Isto é pouco?  Cada nota musical, bem reproduzida, parece nos transportar para o momento de sua gravação ao vivo ou em estúdio, havendo, meu amigo audiófilo, uma grande distância entre ouvir música e ser envolvido por ela.
Por último, desconfie dos aparelhos que se intitulam como "de qualidade audiófila", bem como não espere que um equipamento de cinco anos atrás permaneça como referência por prazo indeterminado.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Pro-Ject RPM 10.1



O triunfo do analógico sobre o digital! Pelo menos, por ora. 
Com o toca-discos em apreço e muitos outros belt-drives de entrada é possível apreciar os novos LPs produzidos pelo mundo afora, bem como toda a coleção antiga de vinil, desde que bem preservada.  No segundo caso, uma limpeza adequada, em menor ou maior profundidade, é indispensável.  Afinal o sulco dos LPs, em formato de vala de proporção microscópica, é um propício repositório de sujeiras e o próprio material do qual é feito o vinil requer uma série de cuidados.
Outro aspecto que está a me encantar na fonte analógica diz respeito ao modesto investimento no aparato em questão e o custo-benefício obtido em relação aos mais modernos CD players e DACs top-tiers.  Não é difícil verificar maior naturalidade da fonte analógica sobre a fonte digital, por melhor que esta soe.
Estou muitíssimo satisfeito com o austríaco Pro-Ject RPM 10.1 com o braço 10CC Evolution e a cápsula japonesa Sumiko Blackbird.
Trata-se de projeto bastante austero, montado na República Tcheca, simples, mas bastante sólido, de peso considerável, baseado nos conceitos de massas agregadas para fornecer o necessário isolamento das vibrações causadas pela própria reprodução sonora e da movimentação no ambiente em que instalado.  Dentre os elementos que tornam realidade este isolamento, estão o uso de três spikes abaixo da base, mas em cima de uma plataforma denominada Ground It 3, motor desacoplado e o braço de 10” de fibra de carbono num formato que parece eliminar eventuais ondas estacionárias em sua estrutura, mais o prato de acrílico pesado com cerca de 58 mm de altura.
No geral, o projeto vale-se de conceitos bastante conhecidos e utilizados no universo hiend;  nada de pirotecnias ou projetos que chamem mais a atenção para o seu brilho ou aparência do que para o que realmente interessa, a reprodução sonora capaz de recriar o evento musical.
A combinação com a cápsula Blackbird também me pareceu bem sucedida, a julgar pelo resultado final do setup e da própria reprodução, não sendo necessários ajustes de VTA ou azimute, embora este último seja realizado no corpo do braço, não da cápsula de forma direta.  A impressão que temos é que a cápsula fornece um alto desempenho à custa da ausência de invólucro, deixando à mostra o “esqueleto” da moving-coil de saída alta (2,5Mv).
Aliás, a saída alta é algo que nos chamou a atenção, pois tal valor é próprio das cápsulas moving-magnet, mas isto foi facilmente resolvido ajustando-se o pré de phono para um nível mais alto disponível neste, no caso, no Phono II da JR Transrotor.
Fato é que o conjunto aqui comentado soou muito bem com o phono stage que havia adquirido para começar a minha apreciação, o Cambridge Audio com entradas fixas para ambos tipos de cápsula.  Mas soou ainda melhor, de forma mágica, com Phono II, customizado por um amigo audiófilo, com conectores do tipo Vampire e uma fonte digna de seu desempenho.
Pude ouvir os novos LPs do selo Reference Recordings, gravados pelo Prof. Johnson, como as Danças Sinfônicas, Etudes e Vocalise de Rachmaninoff, pela Orquestra de Minnesotta, regida por Seiji Oue, o LP de Dick Hyman, “From the Age of Swing”, dentre outras gravações, sendo que o primeiro foi objeto de comparação com o respectivo CD, que me pareceu bem mais flat e com palco menos definido e natural que a versão em vinil de 200 gramas. Mesmo o LP de Bob Marley, "Kaya", soou magnifíco e grandioso, com um peso nos graves de deixar muita banda metaleira para trás.  Enfim, as diferenças são bem sensíveis, para não dizer gritantes.
Agora, maior surpresa ainda, causou-me o LP “Pictures at an Exhibition”, do selo Everest.  Que gravação!!!  Parece que parte do segredo está no peculiar processo a partir de fitas magnéticas de 35 mm, usadas em películas de filme.
Quanto aos LPs antigos, ouvi vários LPs de MPB, como o histórico “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento e Lô Borges, o de Tom & Elis, cuja reprodução é encantadora e podemos perceber a descontração de Elis Regina na parte final da primeira faixa do LP.  Dentre os LPs de artistas internacionais, fiquei empolgado com “Cielo e Terra”, de Al di Meola, com a participação de Airto Moreira.  Por consistir numa obra quase toda acústica foi possível perceber a beleza de violão do virtuose norte-americano e da percussão do músico brasileiro.  Um palco sonoro belíssimo, simples, muito denso mas sem a complexidade de uma orquestra sinfônica, é claro.
Na crítica especializada, cheguei a ler que o projeto consistiria, na verdade, de um "Pro-Ject RPM 9.2 com testosterona”, que “reproduz com solidez e finesse" etc.  Também consta um aspecto negativo, segundo o qual o braço seria "um pouco microfônico", o que, tive de conferir, abusando de pressão sonora na minha sala.  Nem de longe consegui perceber tal minus.  Olha que o toca-discos está posicionado abaixo da altura das caixas torre, distante menos de um metro de cada uma!  Isto, nas décadas de setenta e oitenta, em que reinavam os toca-discos de tração direta no motor representaria realimentação ou rumble na certa.
Em suma, longe de desistir dos arquivos digitais hi-res, pois creio que os DACs ainda possuem uma longa curva tecnológica a ser percorrida, de modo a eliminar a malfadada “digitalite”, enquanto a tecnologia acerca do vinil parecer estar para lá de madura, posso dizer que estou bastante satisfeito com a escolha, num mercado que apresenta dezenas de modelos e soluções.