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sábado, 2 de março de 2013

AudioQuest DragonFly


Pequeno, mas valente DAC!
Este é o DragonFly, da tradicional AudioQuest, um DAC com aparência de um simples pendrive, obstinado a fazer a convesão digital para analógico de forma séria e correta nos PCs ou Macs. Num mar de possibilidades, mas num momento em que desembarcam no mercado USB DSD Dacs, baseados na promissora tecnologia de 1Bit, considerei válida a ideia de testar antes este bravo DAC, que não chega a comprometer as finanças e que está consentâneo com o meu propósito de aproveitar as denominadas barganhas do universo hiend da reprodução eletrônica.
Minhas primeiras impressões estão baseadas na audição do CD ''Café Blue", de Patricia Barber, versão de colecionador, cuja reprodução a partir do correspondente arquivo .flac se mostrou próxima ao meu player de referência, o Sony SCDXA 9000ES.  As extensões de graves, médios e agudos, bem como o timbre são bem parecidos, o que me deixou bastante otimista, já que o DAC, além de não estar ainda amaciado, usa um cabo apenas mediano do mesmo fabricante, o BigSur.
Apesar do 9000ES já contar com sete anos desde a sua produção, é um player que ainda me encanta, principalmente na reprodução de SACDs.  A reprodução por ele se mostrou pouco mais resolvida e organizada do que a realizado pelo DAC ligado ao laptop Toshiba Portégé R500, rodando XP e um dos mais conceituados softwares de áudio para PC, o JRiver 18.  Na reprodução optei pelo streaming a partir de um NAS Drive em outra sala, e tudo foi bem, evitando a presença de um drive rodando em alta velocidade e gerando ruído para o sistema.  A única ressalva é que, em certo teste, o software paralisou a reprodução por exigir buffering no laptop, o que necessito verificar ainda.  Mas, venhamos e convenhamos, meu PC não é nada novo!
Aliás, a comparação que fiz também não é muita justa pelo fato do CD Player contar com o cabeamento/casamento Orchid/Inspiration da Van Den Hul, proporcionando uma sinergia bem significativa na cadeia do sistema.  Ademais, foi um confronto de um player de 2007, custando mais de 10 vezes o valor do compacto DAC!
Ainda assim, mesmo sem o confronto A/B, também foi bem agradável ouvir a obra de Mussorgski, "Pictures at Exhibition", na regência de Eiji Oue, pelo selo RR (download pago da HDTracks).  Ora, se a obra clássica agradou no plano audiófilo, o que mais esperar do pequeno conversor?
Enfim, não me decepcionou o pequeno, mas valente, DragonFly, o qual recomendo, mormente diante do modesto investimento e da simplicidade no seu uso, bastando praticamente regular o volume no laptop e definir o DAC como "placa de áudio", quando usados XP ou Windows 7.  Basicamente, ele faz sozinho a instalação assim que espetado à porta USB, restando apenas regular o volume no ajuste de propriedades do áudio do PC.  Apesar de parecer um pendrive, a sua construção também é impecável, bastante robusta e com a indicação em quatros cores da taxa de amostragem, limitada a reprodução aos 96khz (de 192khz ele passa p/ os 96 khz).
A não ser que você possua um sistema hi-end capaz de reproduzir literal e plenamente a música de estúdio ou ao vivo, este DAC possivelmente vai agradá-lo.  Para aqueles que desejam um upgrade na reprodução de áudio via fones de ouvido plugado ao PC, este DAC não deve desapontar.
Obviamente, se puder ouvi-lo antes de uma aquisição - dica de ouro - assim proceda para que este blogueiro ou os articulistas das revistas que já comentaram o DAC aqui exposto não sejam "criticados", conforme lição aprendida no meu aprendizado nesta área (vd. os primeiros assuntos deste blog).