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domingo, 14 de abril de 2013

Uma japonesa para os que curtem jazz fusion não esquecerem: Hiromi.  É assombrosa a habilidade e criatividade desta tecladista, que faz um som de gente grande.  Meu primeiro contato com a música dela foi através da Jazz24, via TuneIn pelo iPhone, onde era reproduzida uma faixa do álbum "Spiral".  O que está acima é o "Time Control", de 2007, na versão de SACD, mais descontraído e que talvez agrade mais àqueles que ainda possuem um pé no rock progressivo, diante da guitarra bem pessoal de David Fiuczynski, com e sem trastes, alternando as suas guitarras de um e dois braços.  A obra de Hiromi me agradou em cheio, lembrando-me muito a época em que eu ouvia o LP "Romantic Warrior" do Return to Forever "até furar" com a minha cápsula e agulha LeSon Axxis V.  Bons tempos!!!
Cada faixa de "Time Control" é literalmente uma viagem, com destaques para quinta faixa "Jet Lag" em que parece que estamos em pleno vôo, passando pelos diversos fusos terrestres e "Time and Space", em que o som pausado parece explorar os transientes do sistema e a ambiência (acústica).  I_m_p_r_e_s_s_i_o_n_a_n_t_e!
Gostei também das informações contidas no CD, esclarecendo os microfones utilizados no estúdio Blackbird, em Nashville, no Tennessee (EUA), o que para nós audiófilos é bastante legal.  Podemos, com algumas limitações, comparar a naturalidade dos timbres, conhecer a compatibilidade de certos mics com determinados instrumentos, o posicionamento dos músicos, enfim, muito pode ser extraído da audição, preferencialmente, num sistema bem equilibrado e transparente.
Voltando à talentosa Hiromi, pesquisei e vi que ela já teve diferentes nomes artísticos, como o que consta acima, Hiromi Sonicbloom, Hiromi Uehara, mas hoje em dia parece ser conhecida apenas como Hiromi.
Tenho o penúltimo CD dela, "Voice", bom também, mas este me soou mais mecânico, menos sinérgico ou original do que "Time Control" e "Spiral".  Aliás, esta talvez seja uma "cobrança" minha, pois sempre que me deparo com a reunião de "feras" num projeto, como o que resultou em "Voice", em que Hiromi se associou ao batera Simon Phillips e ao baixista Anthony Jackson, formando um trio, a expectativa aumenta e muito.
Bem, é o que eu tinha para compartilhar, minha admiração pela obra desta pequena virtuosa e, porque não, engraçada Hiromi.  Ouçam e confiram!  Não sei se ela já esteve no Brasil, mas se nosso País estiver na agenda dela, por favor me avisem.